Prefeitura de João Pessoa impulsiona produção agroecológica com apoio do plantio à comercialização
A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest), impulsiona a produção agrícola no município com apoio aos agricultores, que vai do plantio à comercialização de produtos cultivados sem o uso de agrotóxicos. Por meio do programa ‘Eu Posso Semear’, a Sedest estimula mais de 200 famílias de agricultores a produzirem alimentos agroecológicos a partir da concessão de subsídios como auxílio na preparação do solo, distribuição de sementes e crédito orientado para investimento na atividade.
A produção agroecológica está disponível à população na Feira da Agricultura Familiar, uma opção para quem quer ter uma alimentação saudável, diversa e de boa qualidade. A série de reportagens Eu Posso Semear vai contar histórias de agricultores que transformaram suas atividades a partir do cultivo de alimentos agroecológicos e de pessoas que mudaram de vida a partir da adoção de hábitos saudáveis de alimentação.
A Feira da Agricultura Familiar oferta uma grande variedade de itens entre verduras, legumes, tubérculos e frutas. Mas antes de os alimentos chegarem à mesa dos consumidores, há um longo caminho percorrido, que começa antes da plantação. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Bruno Farias, explica que a Prefeitura de João Pessoa distribui sementes, disponibiliza maquinário para cuidado do solo, dá assistência técnica para o plantio, oferta crédito orientado em condições especiais para investimento na atividade produtiva e apoia a comercialização com a Feira da Agricultura Familiar.


“O programa Eu Posso Semear valoriza o trabalho das famílias de agricultores e atua para proporcionar fortalecimento e autonomia da atividade produtiva pelo apoio técnico, logístico e material. Além disso, o programa contribui para a segurança alimentar com oferta de culturas agroecológicas e de qualidade. O Eu Posso Semear ajuda a tornar a economia rural de João Pessoa mais organizada e integrada à cidade”, pontua o secretário.
Variedade – Os consumidores da Feira da Agricultura Familiar encontram uma grande variedade de alimentos agroecológicos: verduras e legumes, como berinjela, maxixe, quiabo, tomate, pimentão, cenoura, abóbora, alface, couve e coentro; tubérculos, como inhame, cará e macaxeira; e frutas, como melancia, jaca, jambo, seriguela, manga, acerola, mamão, limão, banana e abacate.
Uma das clientes mais antigas é a socióloga Antônia Simplício. Moradora do bairro de Tambaú, ela frequenta a feira que acontece na Praça da Rotam, em Manaíra, há mais de 15 anos. Depois da caminhada ou da aula de pilates, ela vai à feira para comprar o que precisa para consumir ao longo dos dias seguintes.


“Compro bastante coisa aqui na Feira. É batata, inhame, cenoura, alface, rúcula, quiabo, maxixe e jerimum, entre diversas coisas. Aqui conseguimos ter uma alimentação saudável. É muito importante que a Prefeitura apoie a realização dessas feiras porque é um estímulo a uma vida mais saudável. É bom para nós consumidores e para os produtores, que precisam ser valorizados por essa atividade”, comenta a cliente.
Trabalho de uma vida – A agricultora Marilene Batista tem dedicado sua vida à agricultura. Já são mais de 40 anos na atividade produtiva, que começou ainda na infância, aos 10 anos, ajudando o pai na lavoura. Ela casou e seguiu na atividade junto com o esposo. Hoje, ela tem o apoio dos filhos na plantação no bairro de Engenho Velho.
Marilene está no programa Eu Posso Semear há quatro anos e tem participado das feiras desde então. “Hoje, minha plantação inclui banana, cará, limão, manga, jaca, macaxeira e batata, entre várias culturas. Isso tem atraído uma clientela fixa e que é sempre ampliada”, conta.
Preços – Para um dos filhos de Marilene, o agricultor Eliabe Batista, o segredo para a aceitação dos produtos é a qualidade e a competitividade dos preços. “Não é só a beleza que importa. Às vezes, a pessoa vê um produto muito bonito, mas tem agrotóxico. A gente trabalha de uma forma que não prejudica a saúde do consumidor e isso não é motivo para o preço ser mais caro. A gente vende na média do preço comercial ou até mais barato”, aponta.


A cliente Antônia Simplício reforça que os preços estão melhores do que nos supermercados e com o diferencial de não serem cultivados com agrotóxicos.
O agricultor dá alguns exemplos: “A gente vende a banana prata a R$ 5, a palma. Já no supermercado, que vende por quilo, seria em torno de R$ 10. O cará custa R$ 5, o quilo, aqui. São produtos de qualidade a preços justos. Não precisa pagar mais caro para ter uma alimentação mais saudável”, enfatiza Eliabe Batista.
O coordenador do programa Eu Posso Semear, Adriano Vasconcelos, explica que a competitividade dos preços é uma consequência da política de subsídios implementada pela Prefeitura de João Pessoa. “Há a distribuição de sementes de diversas culturas e colocamos à disposição das famílias o trator agrícola, mediante agendamento, para limpar e preparar a terra para o plantio. Nesta fase, damos orientação técnica para obtenção de maior produtividade, ofertamos cursos de capacitação e cuidamos da logística da feira, incluindo montagem e transporte das pessoas e dos produtos”, afirma.


Outros alimentos – Além dos alimentos in natura, a Feira da Agricultura Familiar coloca à disposição alimentos prontos, como bolos, biscoitos sem açúcar e glúten – ideal para quem tem diabetes ou alergia alimentar, goma de tapioca, castanha de caju e mel de abelha. O agricultor Eliabe Batista conta que revende a goma de tapioca feita por um produtor vizinho. “Como não há espaço para todos e fazemos um rodízio, a gente traz o produto para comercializar e todos saem beneficiados”, observa.
Para o pequeno produtor de mel de abelhas com e sem ferrão, Marcos de Lima, a variedade de itens e a consolidação da feira são atrativos importantes aos clientes. “Eu acho que uma das coisas mais importantes é a confiança no programa Eu Posso Semear e o espaço de comercialização, já que uma das grandes dificuldades dos produtores é o espaço para venda”, destaca.
Segundo o empreendedor, ele começou na atividade apenas fazendo entrega dos produtos, mas depois que entrou no Eu Posso Semear e passou a expor na feira, em 2023, o negócio cresceu muito. “Temos clientes de outros bairros, como Altiplano, Cabo Branco e Bairro dos Estados. Eles vêm e não levam só o mel, compram outros produtos e têm a confiança de comprar direto do produtor”, contextualiza ele.

Marcos de Lima é dono da marca Mel Parahyba, que produz mel de abelha sem ferrão no bairro de Jardim Veneza, e sócio da marca de mel Cedage, produzido em parceria com outros empreendedores, na cidade de Areia. Ele indica que o tipo de mel sem ferrão tem propriedades fitoterápicas, usado no tratamento de problemas respiratórios, dermatológicos, de ouvido e de visão.
Feira da Agricultura Familiar – As feiras fixas ocorrem às quartas-feiras, no Parque Parahyba I, localizado no bairro do Bessa, das 14h às 19h; e nas sextas-feiras, das 5h às 11h, na Praça Chateaubriand Arnaud, em Manaíra, também conhecida como Praça da Rotam. Às terças-feiras, ocorrem as feiras itinerantes, que mudam de local a cada mês, percorrendo toda a cidade.


Segundo Adriano Vasconcelos, coordenador do Eu Posso Semear, antes de abrir uma feira é feita uma pesquisa de viabilidade. São considerados fatores como circulação de pessoas, existência de outras feiras no entorno com o mesmo tipo de alimentos e a aceitação do público sobre esse tipo de produto.
Na segunda reportagem da série ‘Eu Posso Semear’, vamos mostrar os impactos positivos no dia a dia de quem opta por uma alimentação saudável como parte de uma mudança de estilo de vida.

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