Estudantes acompanham gravação do programa ‘A Voz do Brasil’, na CMJP

Ao final da gravação, foi aberto espaço para perguntas aos profissionais
Estudantes dos cursos de Jornalismo, Radialismo e do Mestrado Profissional em Jornalismo, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), acompanharam a gravação do programa A Voz do Brasil, na Rádio Câmara JP, na manhã desta sexta-feira (17). A ação faz parte do encerramento das comemorações de 90 anos do programa, considerado o mais antigo do país, que percorreu cinco cidades apresentando o bloco dedicado ao Legislativo para celebrar o marco.
Ao final da gravação, foi formada uma mesa de debate e rodada de perguntas aos profissionais envolvidos na produção, mediada pela jornalista Edileide Vilaça, coordenadora da Rádio Câmara JP. A mesa foi composta pela editora e apresentadora do A Voz do Brasil, Luciana Vieira; pela editora-chefe da Rádio Câmara Federal, Verônica Lima; pela professora de Comunicação, Norma Meireles; e pelos diretores de comunicação da CMJP, Suetoni Souto Maior e Paulo de Pádua.
Para Verônica Lima, a interação com os estudantes é uma oportunidade única. “Essa é uma oportunidade de ouro, porque as universidades e faculdades de jornalismo às vezes não têm uma disciplina específica de comunicação pública. Então, essa oportunidade de vir conhecer, conversar com a editora do A Voz do Brasil, esse programa histórico, saber como ele é feito, quais são as regras, é uma construção de conhecimento, de formação para esses estudantes. Não só em relação à Voz do Brasil, porque a Rádio Câmara, a Rede Legislativa de Rádio e suas emissoras estão associadas a um órgão público, dependem de uma gestão institucional, são conduzidas com um viés constitucional de ser uma comunicação pública, no sentido de levar educação, informação equilibrada, confiável e voltada ao interesse público, para o desenvolvimento da cidadania, da cultura, da diversidade cultural e regional”, declarou.
A editora do A Voz do Brasil, Luciana Vieira, destacou que esta é uma possibilidade de desmistificar a política para os estudantes. “É uma oportunidade fantástica, porque eles são os futuros formadores de opinião. Então, tirar dúvidas, interagir é uma oportunidade única para desmistificar muita coisa, para que eles também tenham consciência da importância que é fortalecer a cidadania, tratar a política como um assunto desmistificado. Política é um assunto muito árido, muito duro, mas necessário para o nosso dia a dia, para a nossa formação”, pontuou.
A professora Norma Meireles caracterizou o momento como histórico. “A gente tem, pela primeira vez, esse tipo de ação da Rádio Câmara Federal, vindo até aqui. É um momento muito importante e histórico, os alunos se interessaram muito”, afirmou a professora, salientando a presença dos alunos mesmo no período de recesso escolar. “Essa experiência acrescenta muito à formação desses estudantes, tanto de radialismo, quanto de jornalismo, esse contato direto com os profissionais, acompanhar a gravação do programa A Voz do Brasil, que é o mais longevo e que, com certeza, tem uma importância muito grande para a formação de diversos profissionais de todo o país”, ressaltou a professora.
A estudante de Jornalismo, Clara Pereira, destacou a relação afetiva que tem com a rádio e a importância do momento. “Eu tinha contato com o rádio por causa da minha avó. Ela sempre escutava fazendo almoço, esse foi meu contato inicial. Agora, na universidade, estou tendo a oportunidade de participar de projetos de extensão que utilizam o rádio como foco, principalmente das diferentes formas que ele está sendo transmitido agora, em outras plataformas também. Então, estou tendo essa experiência com edição, produção, e isso está sendo muito bom. Estar aqui hoje é um marco, porque é conseguir ver de perto a experiência de pessoas que já vêm há muitos anos trabalhando com isso”, ressaltou.
“A relação com o rádio, para a maioria das pessoas, é muito afetiva. Escolhi Radialismo justamente por ter essa relação de afeto com o rádio, desde a infância, de sempre ouvir A Voz do Brasil, às sete horas da noite, mesmo morando no interior. Desde a hora do café da manhã, para acordar, para ir à escola, ouvir rádio já era muito importante e unia a família. Então, o rádio para mim é mais do que um meio de comunicação, é uma relação de afeto mesmo. Estar aqui, presenciar esse momento, é muito gratificante”, enfatizou Anny Caroline Melo, estudante de Radialismo.
Os profissionais responderam a perguntas dos estudantes presentes sobre diversos assuntos, entre eles comunicação pública, escolha de pautas, programação musical e regionalismos.