Após chamar conselheiros do TCE-PB de ‘propineiros’, vereador de Marizópolis é processado e vai ter que se explicar na Justiça
Após o vereador Cabo Carlos José de Sousa, da Câmara Municipal de Marizópolis, chamar os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) de irresponsáveis e propineiros, a Corte reagiu. Os conselheiros, em grupo, acionaram a Justiça paraibana e entraram com ação contra o vereador. Veja a fala do vereador em vídeo no fim da matéria.
Na ação, que o ClickPB teve acesso, os conselheiros pediram que o vereador, que os xingou no dia 3 de maio, durante sessão da Câmara de Marizópolis, se explique e a Justiça concedeu prazo de dez dias para que Cabo Carlos responda a notificação judicial.
O ClickPB verificou que o processo contra o vereador foi movido pelos conselheiros Nominando Diniz; Fábio Nogueira; Antônio Gomes Filho; Fernando Catão; André Carlo Torres; Antônio Silva; Oscar Mamede; e Renato Sérgio.
Nas alegações, os conselheiros do Tribunal de Contas alegam que o vereador fez alegações dúbias e caluniosas, que configuram, inclusive, crime.
“O parlamentar demonstrou estar insatisfeito com denúncias que foram arquivadas pelos Conselheiros e indagou aos colegas qual seria o segredo do Tribunal de Contas e qual seria a sua credibilidade. Aconselhou, ainda, que os Conselheiros deveriam deixar de ser irresponsáveis e de receber propinas. Como se percebe, o vereador utilizou expressões dúbias e ambíguas das quais se pode inferir os crimes de calúnia, difamação e injuria contra os Conselheiros do TCE-PB. Essas ofensas, sem sombra de dúvidas, extrapolaram os limites da razoabilidade e da legalidade, configurando descumprimento dos deveres inerentes ao cargo público que o interpelado exerce”, diz parte do processo, que o ClickPB verificou.
Como visto pelo ClickPB, os conselheiros pediram que o vereador responda a quais membros da Corte o vereador se referiu, quando falou que eles eram ‘propineiros’; quais conselheiros teriam recebido propina; quais conselheiros são injustos e irresponsáveis e por quê; e que fale quais processos ele se baseia para dizer que os conselheiros do TCE-PB usam “dois pesos e duas medidas”.
Fonte: clickpb