Bolsonaro reclama de decisão do TSE que o tornou inelegível e volta a levantar suspeitas sobre as eleições
Condenado nesta sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e tornado inelegível por oito anos – em razão da reunião com embaixadores em julho de 2022, ocasião em que disseminou mentiras sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro – Jair Bolsonaro (PL) falou à imprensa para protestar contra o resultado do julgamento.
Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas, afirmando que inquérito da Polícia Federal para supostamente investigar irregularidades no pleito de 2018 não foi concluído e que isto teria sido utilizado em seu julgamento – não há quaisquer provas de que, em alguma das eleições desde a implementação do modelo eletrônico de votação, o processo eleitoral brasileiro tenha sido fraudado. “O inquérito não foi concluído ainda. Fui julgado por um inquérito que está há cinco anos para apurar possíveis irregularidades nas eleições de 2018. Por que esse inquérito não foi cumprido até hoje? Não posso ser julgado por algo que não existe, se as eleições de 2018 foram seguras ou não. Por que esse inquérito não foi concluído pela Polícia Federal? Era um inquérito sem classificação sigilosa. Também fui julgado pelos atos do dia 8 de janeiro. Qual a minha participação nesses atos? Quem perdeu com aquilo? Também fui julgado pelos atos de 12 de dezembro, dentre outros”.
Bolsonaro também negou que tenha articulado um golpe de estado enquanto estava no poder. “Desde que eu assumi falaram que eu ia dar um golpe. Nós acompanhamos as eleições, a maneira como o TSE agiu – me proibiu até de fazer lives na minha casa. (…) Eu me recolhi, a transição foi feita com normalidade. Dia 30 eu saí do Brasil e infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe no 8 de janeiro não sabe o que é golpe, é um analfabeto político”.