Operação do Gaeco em João Pessoa investiga possível ligação de agentes públicos e organizações sociais com o tráfico de drogas, revela promotor
O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, promotor Octávio Paulo Neto, detalhou na manhã desta quinta-feira (06) que uma possível ligação entre agentes públicos e o crime organizado também está sendo investigada na operação ‘incoerência, realizada pelo Gaeco e Polícia Militar da Paraíba desde as primeiras horas de hoje.
Em entrevista exclusiva ao ClickPB, o promotor explicou que facções criminosas estavam se apropriando de casas e moradias de pessoas da comunidade Tito Silva para poder se habilitar em programas sociais da prefeitura de João Pessoa e obter o domínio dos locais. De acordo com Octávio, ao longo das investigações foi observado que alguns agentes públicos estariam compondo tais estruturas.
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“A gente tem visto que alguns agentes públicos compõem essas estruturas. São várias áreas hoje no município de João Pessoa que estão sendo invadidas sobre o manto de ‘organizações de cunho social’, que de social não tem absolutamente nada, elas têm na verdade pontos de ligação com as facções e em cima desse manto tentam desenvolver ou tentam solidificar a sua atividade”, detalhou ao ClickPB.
Segundo a investigação, além de privar as pessoas que realmente necessitam de moradia, os traficantes tentavam se apossar dos créditos ofertados pela gestão municipal nos casos de desapropriações. De acordo com a polícia militar, além da realocação para moradias oferecidas pela prefeitura também era ofertada a opção da indenização de R$ 115.000,00, o que também chamou atenção das organizações criminosas.