Diretor-geral da Polícia Federal defende demissão de agente da PF que quiser ser candidato a cargo político
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista ao Globo que pretende propor ao ministro da Justiça, Flávio Dino, uma lei que proíba a filiação partidária de policiais federais. Segundo o diretor, caso um agente deseje se candidatar, ele terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Rodrigues ressaltou que a instituição da PF foi usada de forma indevida várias vezes, o que compromete o equilíbrio do sistema democrático.
Ao ser questionado sobre interferências na PF, o diretor-geral afirmou que estas não existem no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que provocou instabilidade institucional por mudanças frequentes na cúpula da corporação e enfatizou que a Polícia Federal vive um novo momento, com autonomia para escolher diretores e superintendentes.
Rodrigues também falou sobre a segurança do Palácio do Planalto em relação aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, ressaltando que medidas foram tomadas com antecedência, alertando para o risco de violência, porém, houve falhas no sistema de segurança. Ele atribuiu a responsabilidade à Polícia Militar, afirmando que não havia razões técnicas para que a operação não funcionasse adequadamente.
Brasil 247