Operação da Polícia Federal prende empresários suspeitos de desviar armas para facções
Dezoito pessoas foram presas e uma foi baleaada durante a operação Fogo Amigo, que mira uma organização criminosa formada por policiais militares de Bahia e de Pernambuco, CACs (colecionadores de armas, atiradores e caçadores) e comerciantes de armas e munição.
Até agora, foi descoberto um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para facções criminosas de Bahia, Pernambuco e Alagoas. Até a última atualização desta reportagem, havia 18 presos e uma pessoa baleada em confronto com as forças de segurança. De acordo com as apurações, policiais apreendiam armas irregulares e desviavam para o esquema, em vez de levá-las à delegacia.
Segundo as autoridades, esses armamentos são utilizados frequentemente em assaltos a carros fortes e agências bancárias por quadrilhas especializadas nesse tipo de crime, chamadas de “novo cangaço”. São ações que mobilizam um grande número de criminosos para bloquear ruas e rodovias e evitar a reação de forças de segurança, geralmente em cidades de interior.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas somadas que podem chegar a 35 anos de reclusão.
A pessoa baleada na operação desta terça foi identificada como Diego do Carmo dos Santos. O confronto aconteceu no bairro São Gonçalo do Retiro, em Salvador.
As investigações apontam que Diego do Carmo fez 16 encomendas aos investigados. A primeira delas ocorreu em 14 de fevereiro de 2022, e a última, em 6 de junho de 2023.
Fonte: paraiba.com